Quadrilhas agem normalmente nos horários de pico.
Os condomínios fechados, locais onde as pessoas procuram mais segurança, privacidade e conforto, são alvos cada vez mais frequentes dos arrastões. Em São Paulo, bairros como Morumbi, Higienópolis e Campo Belo são alguns dos que mais sofrem com o problema.
Segundo o delegado titular da Delegacia de Roubo a Condomínios da capital paulista, Mauro Fachini, os assaltantes sabem exatamente quais casas que tem joias e dinheiro e, por isso, muitas vezes, durante o arrastão nem todas as casas ou apartamentos do condomínio são assaltados, somente aqueles que são “lucro-certo”.
As quadrilhas agem normalmente em grupos grandes, de sete a dez pessoas; nos horários de pico (entre as 5h e 7h ou das 19h às 21h) ou nos finais de semana normais ou prolongados; e se passam por algum morador para entrar nos condomínios.
”Um assaltante liga para o condomínio e se passa por morador. Ele avisa que chegará um carro de um parente ou visitante, e que a entrada deverá ser autorizada. Quando eles chegam, o porteiro libera, eles entram, e dentro do carro está o bando”, explica o delegado.
Pensando nisso, o Portal da Band conversou com Niv Yossef Steimarn, gerente de projetos do grupo GR de segurança, para saber o quê moradores e empresas podem fazer para evitar assaltos. Veja as dicas:
Condomínios
O especialista explica que a segurança dos condomínios é baseada em três pontos principais:
Humano: presença de funcionários da empresa de segurança; treinamento dos funcionários do condomínio para que saibam como evitar a entrada de pessoas desconhecidas; treinamento dos condôminos para que aprendam a importância de cumprir os protocolos e para que consigam, junto com os outros, colaborarem com a segurança.
Físico: restringir acessos ao condomínio aumentando os muros, blindando as guaritas e criando a clausura (processo em que a entrada de pessoas no condomínio é feita por dois portões).
Eletrônico: Instalação de cercas elétricas, alarmes e monitoramento remoto.
Se algum desses itens falha, abre-se uma brecha para os assaltantes conseguirem entrar no condomínio e concretizar o assalto. Uma das alternativas para ajudar a inibir o crime é contratar empresas para segurança particular. O serviço não é tão barato, mas diminui as chances de o condomínio ser escolhido pelos assaltantes. Em média, a contratação de um posto de segurança 24 horas custa R$ 15 mil e precisa de quatro funcionários por dia.
Moradores precisam colaborar
Niv Yossef Steimarn explica que o primeiro passo para tentar se prevenir de um assalto é evitar que os ladrões tenham informações privilegiadas. Isso quer dizer que quanto menos pessoas souberem o quanto de joias ou dinheiro você tem guardado em casa, melhor. Filhos, encarregadas da limpeza, amigos e visitantes não precisam saber da existência dos artefatos de valor que a família guarda. E sempre que for utilizar joias em um evento ou festa, coloque-as somente ao chegar ao local, não saia de casa com elas.
Não reaja a assaltos
O delegado Mauro Fachini alerta: “se o seu condomínio estiver sendo assaltado, não reaja. Não olhe fixamente para o assaltante porque ele pode entender isso como uma intimidação. Se você perceber a ação dos ladrões antes de entrar no condomínio, acione a polícia”.
Fonte: Band