Um novo sistema construtivo oferecido por uma construtora em Santa Catarina muda a concepção de tudo o que já se conhece de construção civil, anunciou a empresa. Primeiro, pela forma como a obra é executada: com os pilares fixados, as lajes começam a ser formadas do último andar – do mais alto ao térreo. Para a Hahne, responsável pelo processo, o sistema possibilita a otimização de materiais, com menos custos e menor tempo. Por fim, a empresa destacou o que para ela pode ser ainda mais importante, a redução no impacto ambiental.
De acordo com a construtora, a preocupação com o sustentável começa no projeto. Com departamento de projetos próprio, a empresa informou que faz os cálculos e o desenvolvimento pensando em menos danos ao meio ambiente. No canteiro de obras o uso de poliestireno expandido, composto de material reciclado, reduz o volume de concreto e armadura. O isopor é composto por resíduos que normalmente iriam ficar no meio ambiente.
“Utilizamos somente o volume necessário de concreto e aço. Depois a laje é preenchida com isopor feito de material reciclável”, complementou o engenheiro e empresário Rui Hahne. De acordo com ele, o sistema de formas, “próprio da Hahne”, assegura uma laje nivelada sem necessidade de se fazer um contrapiso para receber material de acabamento.
O empresário assegurou ainda que o formato como a obra é desenvolvida reduz até 40% o número de pilares e vigas, diminuindo a emissão de CO² no ambiente. A empresa destacou que não utiliza formas e escoramentos de madeira, que depois de utilizados são descartados. A Hahne desenvolveu escoramentos metálicos. A utilização de metal e fibra de vidro torna as formas reutilizáveis e ecologicamente corretas. Na avaliação da construtora, só neste processo, uma obra de 500 m² deixaria de derrubar aproximadamente 50 árvores, “lembrando que esta árvore levará 25 anos para atingir o tamanho ideal de corte”, afirmou o engenheiro.
O sistema construtivo da empresa foi utilizado em diversas obras, totalizando área superior a 300 mil m². A construtora divulgou que com elas já foram preservadas aproximadamente 30 mil árvores. Entre as principais estão, os prédios da IAB em Joinville (SC), os complexos industriais da Malwee Malhas, LMG Roupas e Duas Rodas Industrial, em Jaraguá do Sul (SC), além do edifício industrial e silos da Bunge Alimentos, em Ponta Grossa (PR)
Fonte: Folha do Condomínio