O uso da clausura, um recurso bastante eficiente para o controle dos acessos ao condomínio, tem tido sua eficácia comprometida devido à má utilização por funcionários e moradores. A adoção do sistema tem ocorrido nas portarias com o aumento de casos de invasões e assaltos a edifícios. O recurso consiste em dois portões para veículos ou pedestres, que são acionados de forma independente e alternada, mantendo o visitante em um espaço restrito para identificação e posterior liberação de entrada. Em alguns casos, o acesso é autorizado por cartão, senha, rádio controle ou biometria.
José Roberto Iampolsky (foto), diretor de uma administradora de condomínios alertou para a falta de informação dos usuários.
Erros mais comuns na garagem
Segundo o diretor da Paris Condomínios, alguns grandes edifícios suspendem o uso da clausura em horários de pico para evitar filas de carros na porta da garagem e acabam facilitando a ação de assaltantes. “O sistema não deve ser suspenso, principalmente quando há grande movimentação de veículos ou pessoas”, ensinou o empresário.
Ainda sobre a clausura de carros, também chamada de “gaiola”, Iampolsky recomendou que a mesma comporte apenas um veículo por vez. “Os carros de visitantes devem entrar no prédio somente com o motorista, que deve ser identificado na clausura. Se houver mais pessoas no carro, elas devem entrar pela portaria de pedestres após identificação e nunca dentro do veículo”, advertiu.
Falhas com pedestres
De acordo com o diretor, o morador não deve passar pela clausura quando há desconhecidos no local. O correto é esperar a pessoa ser liberada para só depois cruzar o compartimento. Ele lembrou ainda que parentes e amigos de moradores devem passar pela clausura, respeitando as regras de segurança como qualquer visitante.
Nas portarias onde não há passa-volumes, é comum ver o entregador aguardar o morador dentro na clausura, o que é errado. Iampolsky afirmou que o ideal é evitar o contato físico com o entregador, fazendo com que ele deixe a encomenda dentro da clausura e saia para que, então, o morador entre para pegar a entrega e deixar o pagamento.
O diretor da empresa sugeriu o uso de passa-volumes na clausura, pois o dispositivo permite que entregadores deixem as encomendas sem entrar no condomínio. Para ele, também é importante que haja um banco no local para que as pessoas possam esperar sentadas pela autorização da entrada. “A clausura deve ser feita de materiais fortes e resistentes. Embora bonito, o vidro não é a melhor opção”, finalizou Iampolsky.
Fonte: Folha do Condomínio