Existem empresas que auxiliam os moradores a fazer a administração condominial

Cuidar de um imóvel residencial vai muito além de apenas ouvir e suprir as demandas dos condôminos. Há várias normas e contas, além de funcionários que devem ser dirigidos e conflitos entre moradores. O trabalho é tanto que, por vezes, fica impossível realizá-lo entre muros. Existem empresas, no entanto, que ajudam a manter a ordem.

Rogério Araldi, diretor da Araldi Imóveis e Condomínios, diz que as administradoras condominiais “fazem um papel triplo: sãos call centers e escritórios de contabilidade e jurídicos”. Essas companhias cuidam dos pagamentos de contas, salários e tributos. Além disso, acompanham a adequação das atividades condominiais às leis existentes e à convenção interna. Por último, atende as reclamações dos moradores e ajuda a resolver problemas entre eles.

A figura do síndico continua existindo, mesmo com a contratação de uma empresa. Ele é o responsável jurídico pelo prédio. Gisele Fernandes, gerente geral da OMA, lembra, no entanto, que poucos têm formação para exercer o cargo, além de, geralmente, terem outras atividades. A administradora seria, então, a auxiliar dele na gestão.

Orçamentos para serviços
As empresas também buscam orçamentos quando é necessário fazer algum tipo de serviço na parte comum do edifício, sendo que todos os gastos devem ser autorizados pelo síndico. Araldi lembra, no entanto, que obras mais dispendiosas quase sempre têm de ser autorizadas por assembleia, de acordo com a convenção de condomínio.

Gisele Fernandes conta que há situações em que ninguém se apresenta para ser síndico. Quando isso ocorre, há autorização legal para contratar alguém para o cargo. Em casos extremos, a administradora assume o papel, designando um de seus funcionários para o posto. Essa solução é, segundo ela, muito rara, e a empresa sempre acaba buscando entre os moradores algum que assuma.

Os custos para contratar uma administradora, por sua vez, variam de acordo “com características do condomínio”, segundo Araldi. Quando há menos moradores, segundo ele, o preço cai, pois haveria menos problemas internos para resolver. O perfil socioeconômico também é levado em conta, pois, nem sempre o prédio de alto padrão paga mais, pois não tem inadimplência, há menos unidades e, por isso, menos problemas entre condôminos. Logo, o valor de contratação varia de acordo com os problemas que a empresa terá de resolver.

 

Fonte: Terra