O número de brasileiros com dívidas cresceu quase 5% no último mês. Especialistas dizem que o ideal é poupar para depois gastar.
Os avisos das dívidas chegavam sem parar o analista de sistema, Marcos Silvia Rodrigues. “Tinha dois cartões de credito atrasado, o condomínio estava um ano atrasado, prestação de carro três meses atrasada”, conta.
Marcos sempre teve emprego com salário fixo, mas quando virou autônomo, se enrolou com as contas. O problema que Marcos enfrentou é o mesmo de muitos outros endividados. Ele não tinha o hábito de guardar um dinheirinho extra, e não guardar dinheiro pode fazer você entrar na lista dos devedores.
Os especialistas em educação financeira dizem que o ideal é poupar para depois gastar. Quem não faz isso, acaba se enquadrando em um dos três perfis de inadimplentes.
Se você não se segura quando vê uma promoção ou um produto bacana na loja, você pode entrar no grupo dos descontrolados. Eles gastam por impulso. Não se preocupam em como vão pagar e nem com as consequências.
“Primeiro se conscientizar. Segundo ponto, ele precisa buscar ajuda, pode ser de um psicológico, de um educador financeiro. Ele tem que mudar os seus comportamentos, ter um alto controle e valorizar o dinheiro que ele ganha”, orienta Júlio Santos, educador financeiro.
Se você sai gastando só para ostentar tudo o que tem, cuidado: você está no perfil dos ostentadores. São aqueles que compram um carro, uma casa, roupas de marca, mas não ganham o suficiente para bancar toda esta mania de grandeza. “O meu padrão de vida ele tem que estar exatamente atrelado a minha renda”, alerta o educador.
O terceiro grupo é dos desprevenidos. Têm as contas todas certinhas, mas não têm reserva. De repente, batem o carro, têm um problema de doença na família e a situação aperta. “Uma pessoa que tem dinheiro guardado ela trabalha com segurança, ela convive com segurança e quando surge oportunidade de consumo ela vai fazer o primeiro refletindo”, diz.
Se você se encaixa em um desses grupos, passar a divida para outro banco que juros menores, pode ser uma saída. “Ele se dirige a esse banco que ele tem interesse em levar a dívida dele e o banco faz o resto. O banco entra em contato com a outra instituição onde ele tem a dívida, passa o crédito para o consumidor diretamente e sem custo”, explica Maria Elisa Novais, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.
Os órgãos de defesa do consumidor recomendam que você nunca aceite os descontos para quitar as dívidas, feitos por pessoas desconhecidas e que procure sempre negociar com o seu banco.
Fonte: Jornal Hoje