O Feirão da Casa Própria, realizado pela Caixa Econômica Federal (CEF), e mais conhecido como Feirão da Caixa, começará sua 8ª edição em São Paulo nos próximos dias 18, 19 e 20, no Centro de Exposições Imigrantes. Somente nos dois dias do evento em outras capitais pelo Brasil, ele já movimentou R$ 3,2 bilhões em negócios. Mas o grande dilema de feiras como esta é tomar cuidado com os financiamentos e saber ouvir os especialistas. A empresária e advogada Daniele Akamine (foto), diretora da Akamines Negócios Imobiliários, orientou o futuro proprietário para a necessidade de muita atenção na escolha o imóvel. Segundo ela, o adquirente deve verificar se realmente tem condições para o pagamento do bem. “Custo x benefício, sempre”, alertou.
Já para Marco Aurélio Luz, presidente da Associação de Mutuários de São Paulo e Adjacências, antes de fechar o negócio é importante o consumidor pedir uma projeção da primeira até a última prestação e um simulado, se for repassado para o banco. “O ideal é que a prestação não comprometa mais de 30% da renda familiar e é bom ter cerca de 50% do valor do imóvel depositado em FGTS, poupança ou em aplicações”, orientou.
Outra dica dada pela entidade de defesa dos mutuários é pesquisar a idoneidade da construtora com o pedido do CNPJ e a consulta ao Procon. Também nesta etapa, Aurélio Luz incluiu o levantamento da incorporação do imóvel; se o engenheiro e arquiteto estão devidamente registrados no Crea; INSS; ações cível, trabalhista e criminal; débitos junto à prefeitura; a situação do corretor junto ao Creci e o memorial descritivo registrado. “Nesse último documento deve conter a marca de todos os materiais e equipamentos que serão utilizados na obra, como elevadores, pisos, azulejos, pias, entre outros. Antes de fechar o negócio, vale a pena pedir auxílio de um especialista para certificar-se sobre a qualidade dos produtos”, esclareceu Luz.
Ainda conforme o presidente da Amspa, o comprador do imóvel não deve aceitar nenhum pagamento separado do contrato. “Em muitas das situações, o futuro mutuário acaba pagando taxas abusivas como, a SATI e Corretagem, sem saber da sua ilegalidade e depois quando vai atrás dos seus direitos tem dificuldade de comprovar o pagamento feito à parte”, ressaltou. “Guarde tudo, incluindo folders, anúncios, foto da maquete do estande, o espaço interno da casa, pois poderão servir de provas, caso haja uma eventual propaganda enganosa ou uma promessa não cumprida”, voltou a alertar Aurélio Luz.
No caso do imóvel ser usado, o presidente da Amspa afirmou que é fundamental conhecer a residência, conversar com vizinhos, além de verificar se a casa ou apartamento está ocupado. “Se o bem estiver com morador pode gerar dor de cabeça, porque o adquirente terá que arcar com os custos de uma possível entrada na Justiça, que pode levar anos na hipótese de o ocupante não sair de forma amigável”, disse o representante dos mutuários.
A empresa de Daniele Akamine irá expor ao público interessado em adquirir financiamento de imóvel próprio as condições oferecidas pela CEF para os programas de habitação. Na ocasião serão disponibilizadas ferramentas de simulação de crédito e atendimento para oferecer suporte ao cliente. “Vamos tirar todas as dúvidas referente a financiamento imobiliário e também sobre consórcio.”, contou Daniele.
Fonte: Folha do Condomínio