Cresceu nos últimos anos o número de condomínios residenciais com academias e espaços de lazer para seus moradores. Embora essa iniciativa demonstre preocupação de alguns empreendedores com a qualidade de vida dos condôminos, o esperado benefício pode não vir, se não for utilizado da maneira correta. O resultado é ruim tanto para os moradores quanto para os condomínios. O alerta foi dado por Márcio Aldecoa (foto), professor de Educação Física e diretor da Life PQV, empresa de gestão de atividades físicas nos edifícios.
O empresário explicou que os moradores muitas vezes desconhecem os riscos a que estão expostos ao praticarem as atividades físicas sem um profissional habilitado. Lesões na coluna, por exemplo, podem ser evitadas nos exercícios.
Para Márcio Aldecoa, não se discute o tamanho da importância ao condômino de ter no espaço onde mora uma boa academia, quadra, piscina e local de recreação, porém, é necessário que qualquer atividade, seja ela de fraco ou forte impacto, tenha o acompanhamento de especialista.
Segundo o professor “o que a grande maioria dos condôminos desconhece é que de acordo com Conselho Regional de Educação Física (Cref) qualquer espaço com aparelhos para a prática de exercícios presentes nas academias requer o acompanhamento de um profissional capacitado. Caso isso não esteja acontecendo, o morador pode denunciar a negligência ao Conselho. O resultado pode ser o fechamento do espaço”, enfatizou o profissional.
Márcio Aldecoa foi além, ele estendeu o exemplo das academias a outros locais como quadras e piscinas. Segundo Márcio, os espaços na grande maioria são mal utilizados pelos condomínios, pois quando poderiam servir de instrumentos para a criação de atividades ligadas à saúde, acabam tornando-se apenas variedades disponíveis, sem utilização que agregue benefícios diretos na qualidade de vida de crianças e adultos.
Fonte: Folha do Condomínio