Mais que instalar sistema de som, cerca elétrica e câmeras de segurança, é essencial orientar porteiros e moradores para selecionar quem vai entrar.

Gilciran Cador, diretor da Intersept Sistema de Segurança, comenta que é melhor dispor de vários equipamen- tos para garantir segurança

Para manter a segurança nos condomínios e pré­­dios é preciso mais do que equipamentos de segurança. O essencial é man­­ter sempre uma atitude de segurança e promover constantes conversas e avisos para moradores e porteiros sobre os cuidados com pessoas estranhas, visitas e prestadores de serviço. Estar atento àquilo que acontece na rua também é importante.

“Só o aparato tecnológico não será suficiente, se as pessoas não tomarem cuidado e não deixar nenhum suspeito ter acesso facilitado ao prédio”, comenta Gilciran Cador, diretor da empresa Intersept Sistemas de Segurança. De acordo com ele, o ideal é aliar equipamentos com a atenção de funcionários e dos moradores também.

Entre as dicas, o especialista orienta que quando está saindo ou entrando pela garagem não é preciso esperar o tempo programado do portão eletrônico e fechá-lo assim que for possível. Também não deixar que um estranho aproveite um portão aberto, para entrar sem ser identificado. Para o delivery, a orientação é buscar a entrega na portaria e não deixar o funcionário subir até o apartamento ou casa.

“Não é possível dizer se o condomínio terá de fazer uma escolha. Os equipamentos funcionam em conjunto e além deles, é necessário ter atenção”, diz. O trio – cerca elétrica, alarme e câmera – faz parte do equipamento básico para segurança patrimonial. De acordo com Cador, além destes, é possível contar com vigias e vigilantes armados para completar a segurança.

O preço da instalação de um sistema vai depender do espaço que precisa ser equipado. “Quanto maior o perímetro e o número de entradas de um condomínio ou edifício, mais vulnerável ele está e um maior número de pontos de cuidado serão necessários”, comenta o diretor. Ele diz ainda que o preço para instalação desses equipamentos vai depender da qualidade escolhida pelo cliente. “Há câmeras de segurança que variam de R$ 40 a R$ 8 mil”, exemplifica.

É preciso ficar de olho na empresa escolhida. “O cliente não pode contratar uma clan­­destina. É essencial procurar o registro da firma que vai contratar para ver se ela tem boas referências”, indica. As empresas de vigilância e segurança tem de estar filiadas ao Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Pa­­raná (Sindesp-PR). O órgão faz o controle das empresas autorizadas.

Síndico

O presidente de condomínios do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Se­­covi), Dirceu Jarenko, lembra que o síndico deve propor aos condôminos e funcionários uma série de normas para pre­­caver qualquer incidente. “O síndico deve elaborar as regras pensando na especificidade de cada condomínio, porque é ele que conhece o dia-a-dia dos moradores e o que vai ser possível exigir”, explica.

Observe

Conheça algumas dicas de segurança para evitar a entrada de pessoas indesejadas:

- A identificação de pessoas estranhas ao condomínio é obrigatória (nome do morador, casa, bloco, apartamento com o qual vai falar, registrar e reter documento de identidade no caso de prestadores de serviços e devolvê-la somente na saída);

- Alertar os condôminos para que não permitam que pessoas estranhas entrem junto, “aproveitando um portão aberto”. O certo é fazer com que as mesmas aguardem e identifiquem-se com o porteiro;

- Não permitir a entrada de pessoas, sem identificação, mesmo que estejam bem vestidas, com uniforme de empresas e prestadoras de serviço ou mesmo com aparatos policiais como coletes e crachás;

- Proibir a permanência de pessoas estranhas na portaria;

- Ficar atento a pessoas que passam em frente ao condomínio mais de uma vez por dia;

- Não fornecer telefones de síndicos e moradores sem autorização.

 

Fonte: Gazeta do Povo